Dando início a uma série das aventuras vividas no Parque dos Sonhos. Fazendo assim além de reviver as emoções, quem sabe acordo o espírito de aventura em outros mais, cadeirantes ou não. Assim apertem o cinto que a partida é pelo Circuito das Tirolesas.
Antes, sobre a segurança nessas atividades terá um artigo específico. Por hora um incentivo a mais para quem ainda receia esse esporte, e cadeirante ou não. É que as tirolesas desse circuito no Parque dos Sonhos descem por dois cabos. Dando mais estabilidade mesmo que pegue uma corrente de vento. Não fará rodopios 360º. E o não ficar sem um girar um pouco para um lado e para o outro dá para curtir também o local enquanto se desce. Então vamos a essa que foi a minha primeira das aventuras por lá: o Circuito das Tirolesas.
Pois é, se era para vivenciar uma primeira vez não teria porque curtir só em uma. Fui nas três: Tirolesa do Pânico, Tirolesa do Espanto e Tirolesa do Arrepio. A escolha por essa ser a primeira das atividades foi por conta da distância, mas já deixando agendada as outras e sem esquecer de reservar um tempo para o almoço: para repor as energias e prosear com os amigos. Com os meus dois amigos, Rubens e Zeca e com outras pessoas que lá estavam.
A primeira desse circuito é a Tirolesa do Pânico. Partindo do alto de uma rocha a 140 metros de altura. Onde o friozinho na espinha se dá tão logo se sobrevoa o abismo – saindo de cima do grande rochedo – para logo a adrenalina dar lugar ao encantamento. É como estar voando e sobre um visual belíssimo! De lá se tem a dimensão de toda a fazenda do qual o Parque dos Sonhos faz parte. E a minha cadeira de rodas seguiu o caminho de volta pelo trenzinho que nos levou até lá em cima.
Sem a cadeira de rodas e sem conhecer o trajeto fiquei também com a expectativa de passar de uma tirolesa para outra. Na primeira fui até certo ponto na minha cadeira, depois fui carregada no colo. E foi assim nas outras: sendo carregada no colo. Nessas horas vi que o quanto de esforço físico os funcionários também nos dispensam nessas atividades, principalmente com pessoas de muito mais peso que eu. Mais motivo de aplausos para toda a equipe!
Continuando por esse circuito radical a segunda é a Tirolesa do Espanto. Bem mais veloz pela inclinação dos cabos. O que aumenta a adrenalina. Mas que também não apenas dá tempo de apreciar a paisagem como se descortina outros trechos da fazenda como a Prainha e a Cachoeira dos Sonhos. E no meu caso, ser carregada no colo por outra equipe. Além de já começar a sentir um pouquinho de tristeza porque estava chegando ao final.
Então, a que fecha o circuito é a Tirolesa do Calafrio. Nessa eu brinquei com os funcionário perguntando se no trecho entre as árvores se vê algum macaquinho. Um deles topou a brincadeira respondendo que o macaquinho pula no colo e desce de carona. Ter bom humor é sempre bem-vindo! Ainda mais em atividades como essa. A descida dessa é mais suave. Mesmo já se aproximando mais da parte central do Parque dos Sonhos, como também com trechos entre as copas das árvores – daí a minha brincadeira acima -, o visual só foi ofuscado por causa do rio estar com o nível baixíssimo de água. Vale lembrar que muito dos rios de São Paulo estão assim. Pois se tivesse cheio, o ruído das corredeiras aumentaria a adrenalina, ou o ‘calafrio’ ao passar por cima.
E chegando ao final do Circuito das Tirolesas do Parque dos Sonhos me veio o querer fazer tudo de novo. Mas logo superado porque dali eu já embarcaria para a próxima aventura que seria o Rapel do Berro. Que contarei em outro texto. Ainda dentro da Tirolesa do Calafrio, por lá a me esperar o condutor do rapel. Como também a uma cadeira motorizada. A minha mesmo chegou depois.
No mais, em reforçar a sugestão de que vão vivenciar o prazer de andar numa tirolesa. É bom demais!