Mamy e Eu! Duas Guerreiras! Duas Mulheres que ainda querem muito continuar nessa vida. Mesmo que não tendo mais a força, o vigor de outrora por conta da nossa realidade atual: a velhice chegando para ela, e as limitações físicas de ter ficado cadeirante para mim. É a vida que segue!
Lugar comum ou não, temos uma página em branco todos os dias, que por sua vez pertencem a um livro que a vida nos dá ao nascermos. Mesmo com toda a herança, até mesmo genética, mesmo que o destino no seu nascimento já lhe deixou algo do tipo – “Aproveite a vida que eu te encontro lá na frente” -, como aconteceu comigo, ainda assim elas serão escritas por nós. E ao longo dessa jornada, vários capítulos vão se fechando. Onde algumas pessoas seguem para os próximos, outras não.
Tenho muito poucas fotos da fase mais tenra. Com a minha mãe, Sônia, essas duas são as únicas. Acho que estou com menos de dois anos de idade. Que pelo quadro na parede, estávamos em casa de meus padrinhos: Catarina e Elias. Pelo dia de hoje, Dia das Mães, foram as escolhidas. Por querer mostrar que continuamos escrevendo as nossas histórias. A cor azul também tem história e vinda da infância, mas conto outra hora.
Porque agora o foco será mesmo nesse capítulo atual: o de voltar a morar sozinha. Que passados dois anos, creio que o período crítico passou. Não de todo ainda. Até por conta de querer provar que eu conseguiria, eu me precipitei… e ainda terei uns meses pela frente pagando o preço. Erro feito, erro assumido!
De um lado minha mãe foi quem mais colocou obstáculos para essa aventura: voltar a morar sozinha estando cadeirante e ganhando muito pouco. Foi brabeira, mas decidida fui superando um a um. Por outro lado, mesmo que inconscientemente, ela ia dando subsídios para essa minha empreitada com: móveis, louças… pagando algumas contas… Aos poucos também ela foi percebendo que eu tinha mesmo que voltar a ter um espaço só meu, e muito além de apenas um quarto. Um lugar para chamar de meu. E que mesmo reclamando das conduções – ônibus -, ela gosta de vir aqui, na minha casa, e agora com mais frequência.
Então é isso! Eu agradeço, e muito, a minha mãe por toda a ajuda que me tem dado! E que me levam a acreditar que muitos anos virão em cada uma no seu espaço, mas cada vez mais unidas.
Valeu, Mãe! Eu Te Amo!
Bela homenagem!
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this is great.
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