Uma brincadeira na internet deixava esse reflexão ‘Se eu fosse um livro seria…”. Dando asas a imaginação, até porque eu já me vi meio manual de instruções, quebra galhos… Resolvi citar um lado meu. Um jeito de ser que por vezes fica adormecido. Assim, se eu fosse um livro seria: Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes.
Para mim desde quando li lá na infância identifiquei-me com Dom Quixote. Muito mais do que qualquer dos Super Heróis com seus super poderes. Pois ele vivia uma fantasia sim, mas tinha ao seu lado – ou como seu outro lado – alguém a lhe dar um sentido de realidade. Isso sim que era ter um super poder. Um jeito de separar os momentos. Tipo: agora era hora dos deveres de casa (trabalhos da escola) do agora era hora de brincar.
Os dragões muita das vezes enfrentava nas brincadeiras com outras crianças. Até quando eu e alguns primos ajudávamos nossa avó (Gostava de passar férias com ela mesmo ela não tendo tv. Ou talvez, inclusive por esse detalhe.) a retirar caramujos, lagartas… na horta. Algo que logo virava uma aventura… E ela sorrindo ia cuidar de outros afazeres. Nos deixando ali combatendo aqueles animais…
Com o passar dos tempos Dom Quixote também ganhou um sentido maior para mim – um eterno romântico. Até não gosto quando é “retratado” como – o cavalheiro da triste figura. Porque acho que pesam muito esse lado que veem como sombrio. O sonhador, o romântico… sabe, ou melhor, prefere ver com outros olhos até o seu momento de dor.
Eu busquei por aprender a ler muito cedo por não querer ficar na espera de que alguém o fizesse. Claro que também gostava de ouvir histórias, mas tinha que esperar pela hora que os adultos iriam ler, contar… Sendo assim, muitos livros, autores caíram no meu gosto – um identificar-me. Monteiro Lobato foi o autor que para mim me fez abrir as portas da imaginação e levá-la junto comigo no mundo real. Em sua obra fiquei conhecendo muitas histórias, muitos personagens… como também me fez saber mais sobre eles… e entre eles: Dom Quixote. Como Monteiro Lobato para mim é uma Biblioteca, na escolha de um único livro, com um personagem em destaque, eu trago Dom Quixote.
E você, que livro seria?
Oi, Lella!
Acho que seria um dicionário, no sentido de ter a curiosidade e explicação para as coisas.
Dom Quixote seria analisado diferente na atualidade, pois o sentido romântico no passado era mesmo triste – morria e matava-se por amor ou por um sonho. Atualmente ser romântico define também alguém que tem sonhos. O romantismo de Dom Quixote é bem atual. Precisamos ser loucos para ir atrás do nosso sonho?
Não sabia dessa brincadeira e talvez ela tenha se originado por causa do livro que mostrei no “Luz”. Vai saber!
Beijus,
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Hehe… Eu até passei por uma fase dicionário. Mas em abri-lo por acaso e escolher uma palavra para incorporá-la no que eu iria falar. Após usá-la ia buscar outra. Foi um professor que deu a sugestão à classe. Como a aumentar o nosso vocabulário…
Em relação a Dom Quixote… Como eu o conheci primeiro numa versão para criança… a loucura seria uma ousadia… Que trazendo para a minha realidade atual… essa loucura se faz necessária sim, já que pesar muito as limitações eu deixaria de fazer muita coisa 🙂 Um pouco de inSanidade me leva a ir atrás de sonhos.
Não sei dizer de onde partiu essa brincadeira lá no Orkut. Se a primeira que levou foi por conta desse livro. Se o livro é recente, aí talvez seria o contrário. Pegou a ideia da brincadeira.
De qualquer forma, ideias são sementinhas que esperam germinar.
Um lindo início de semana pra ti!
Beijos,
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