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Posts Tagged ‘Ditadura Militar’

profissionais-universitarios_destino-brasilUsei um termo tão em evidência atualmente – revalida – até para uma conotação muito mais abrangente. Indo do significado da palavra, em um deles que seria de legitimar, até no do uso atual em que tornariam a legitimar algo que ainda tem tudo para dar certo, que é o Projeto Rondon.

Daí porque em vez de trazer profissionais de fora, e que no caso são só os da área médica, por que não colocar todos os recém saídos das universidades, de todas as áreas, e até os do nível tecnológico, para irem trabalhar nos rincões desse país?

Não quero crer que seja porque o Projeto Rondon surgiu no período de Ditadura Militar no Brasil. Pois se isso consta como um projeto positivo dessa época se deve não apenas revalidar como também colocar em operação. Algo também positivo dessa época foi a Campanha com o personagem Sujismundo, que realmente “educou” o povo – em todas as classes sociais – em relação ao lançar lixos em qualquer lugar. Mais essa história eu já revalidei em outros artigos.

Cito o tal projeto até porque não precisaria de muita demora para colocar em ação. Toda a infraestrutura da papelada já existe. Ao meu ver bastaria vontade política de realmente fazer algo em prol da população ainda carente de recursos. Como também acho que é uma mão de obra com muita vontade de trabalhar também fora dos grandes centros urbanos. Mesmo que haja uma parcela que não queiram ir para a “roça”. Não dá para desperdiçar os que queiram ir!

E respondendo a pergunta que eu fiz – Por que o Governo não “Revalida” o Projeto Rondon?… Pelos políticos em geral, seria pelo medo de tornar o povo mais culto, até cientes dos direitos e deveres como cidadão brasileiro. Já que seria a Educação em todos os níveis chegando de fato a todos no Brasil. Indo dos hábitos de higiene pessoal a como administrar a própria casa. Por aí, numa visão bem simplista de tal projeto. Quero crer que não seja por ter sido “criação de milicos”… Até porque como bem disse Paulo Freire:

Não basta saber ler que ‘Eva viu a uva’. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho.”

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Abrindo há pouco meus emails, num deles havia um link para um texto da Hildegard Angel, cujo título era: “A manifestação dos caras-pintadas diante do Clube Militar“. Um longo e emocionado depoimento dela sobre esse fato ocorrido em 29 de Março de 2012, em frente ao Clube Militar, no Centro do Rio de Janeiro. Fora um repúdio dos cara-pintadas aos que os Militares queriam fazer: comemorar o Golpe de 64. Convido-os todos para ler e na íntegra. E reforçando com um trecho do artigo:

Será esta a lição que nos impõe a História: delegar sempre a realização dos “sonhos impossíveis” ao destemor idealista dos mais jovens?

Uma página sangrenta da nossa História que até por ainda doer na alma dos Familiares das vítimas desse Golpe, não é para ser comemorada pelos Militares. E que para nós que atravessamos esses anos da Ditadura Militar, não pode ser esquecida nunca.

O meu primeiro contato real com o que estava acontecendo no país, fora os militares pelas ruas, ainda está presente na memória. Eu era uma criança, talvez com 7, 8 anos de idade. E ainda sem ter a noção do que isso representou para o país.

O pai de uma amiga tinha sido preso. Um dia ela me chamou para levar uma refeição para ele. Eu fui com ela. Fora a primeira vez que eu entrava numa delegacia. E fiquei meio catatônica ao ver o pai dela, numa cela cuja parede era coberta de limo. Parecia uma jaula de um animal. A cena foi tão perturbadora, que ainda está viva na memória.

Sei que essa cena não é nada perto de tantas outras. Mas como falei fora o meu início em conhecer a História do Brasil de perto.

Lembrar e clamar que Tortura Nunca Mais!

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