Há quem mesmo tendo um espaço físico maior onde guardar, dispor de seus pertences, não consegue se organizar. Nem com as coisas de casa, nem com as do trabalho. São os bagunceiros, e em variados níveis de bagunça. Até porque há as momentâneas e as permanentes. Também há os que independente do espaço físico, de até não saberem lidar com ele, ainda quer que caibam mais coisas. São os acumuladores. Aqui há variantes que podem chegar até a precisar de ajuda de profissionais da área psíquica. Em qualquer dos casos termina mesmo estressando, e em dosagens variadas, os que convivem com essas pessoas. Principalmente aqueles que estão no extremo opostos: os que gostam de que tudo esteja milimetricamente no lugar. Algo como o Detetive Monk.
Sem entrar no mérito daqueles que há muito já cruzaram o limite do bom senso, uma das desculpas em comum: é o de reclamarem da falta de espaço. Pois é! A “culpa” é do espaço!
Aí entra em cena o tentar por uma convivência pacífica entre todos. Bagunceiros e Organizados. Onde aqueles que tendem mais em gostar de organização costuma aproveitar a saída/ausência do outro para então arrumar “achando” lugar para tudo. E mais! Onde por vezes até abre espaços livres onde antes estava tudo entulhado. Podendo mais que se espantar pelo feito, sorrir pela simplicidade da operação. Não fez nenhum milagre. Apenas utilizou bem o espaço. Seguindo alguns critérios nessa organização, além de descartar o que estava só ocupando lugar.
Desde muito nova tenho um certo talento para organizar principalmente quando o espaço é pequeno. De causar espanto quando viam o que eu fazia caber dentro dos móveis. Quando criança era eu que guardava as roupas após lavadas e passadas, chegando a subir na cadeira para alcançar onde as roupas em cabides ficariam. Muito embora o teste maior veio em outra fase, já na adolescência, por nos mudar de uma casa ampla para um apartamento minúsculo. Passei no teste!
Também tinha por hábito de pelo menos uma vez por ano me livrar de muita coisa, e claro que dos meus próprios pertences. Meus pais tendiam por acumular coisas, como também não puxei deles esse sentido de organizar. Cheguei a ser meio compulsiva em relação a ter e manter tudo arrumado, mas dentro dos armários. Fora deles eu conseguia me controlar deixando uma leve baguncinha. Meu “tratamento de choque” onde eu passei a não mais levar o mesmo ritmo eu conto em outra hora. E uma grande situação de desapego eu vivi na mudança para o apartamento onde vim morar há pouco tempo. O que foi ótimo!
Já estando aqui, e com o conhecimento do espaço físico que eu disporia eu me “apeguei” ao desapego de vez! Até por conta da minha real e atual situação: de cadeirante. Primeiro porque os espaços ao meu alcance tornaram-se menores. Depois por conta de ter adotado em ter poucas coisas. Com um apartamento minúsculo ter menos coisas é ter mais espaços livre para a circulação. Como também em ganhar tempo nas arrumações, limpezas… A funcionalidade do que me é essencial é o bastante.
Organizar não é complicado. A primeira coisa a se fazer é ter ideia do espaço onde guardará suas coisas. Depois a funcionalidade dele. Algo como: se é onde coloca itens de muito uso, por exemplo. Mas antes mesmo de ir guardando, veja se quer mesmo guardar todos os itens. É que por vezes há o que pode ser jogado fora, ou até doado. Itens com data de validade, coloque mais à frente os que irão vencer primeiro. Também pode usar critérios de altura, cores, condições climáticas…
Com paciência há de encontrar uma maneira de organizar sem se estressar. Até porque lhe sobrará tempo para aproveitar mais a vida. É o lado prático facilitando a sua vida.
Convivo com uma pessoa que tem compulsão em acumular coisas… Um estresse mesmo 😦 Muita das vezes discutimos. Mesmo desgastante tem sido como um freio 🙂
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