Não é fácil ver que não mais poderá sair caminhando sozinha. Ainda mais com um temperamento de que faz muito mais que pede. Depender fisicamente de outras pessoas. Foi brabeira aceitar. Noites e mais noites em lágrimas. Olheiras profundas por conta disso. O direito de ir e vir à mercê da boa vontade das pessoas. É, também existe os espinhos!
Mas eis que surge um anjo da guarda que doou parte do seu tempo para mim. Nossos caminhos cruzaram num Grupo de Sonhos, pela internet. Até então, somente um pessoa sabia da minha real situação ali dentro. Mas ele parecia intuir. E ficava oferecendo ajuda; em e por pvt. Eu não achava justo! Era o ganha-pão dele! Mesmo assim ele ofereceu sua ajuda.
Então, num dia ao analisar um sonho meu, chorando muito ao ler o que escreveu, eu não tinha mais forças para não aceitar a ajuda dele. Eu a queria tanto! Precisava e muito! Era chegado a hora dele saber tudo que eu ocultara. Eu contei! E esse anjo se materializou-se num amigo! Com o passar dos dias, meses, foram rareando as noites em lágrimas. Foi esse trecho, em especial, que mostrou também o quanto ele é fera na sua profissão:
Eu -“A casa estava cheia; como férias… fui até a cozinha quando ele apareceu, me perguntou se eu não ligaria a bomba (é bomba d’água; aqui a água vem de nascente; precisa da bomba para levar a água para a caixa; logo não é bomba = explosivo.)”
Ele – “Pois é… bomba me faz pensar (explosiva ou não) em movimento… ao contrário do grupo, não associo água com sentimento… pra mim faz mais sentido intuição, e, principalmente, os caminhos que a energia percorre… como se ligar a bomba pudesse ser algo como levar energia a onde não tem por forças “naturais”…”
Percebem!? Mesmo que não fosse para aceitar a sua ajuda, eu não podia mais não contar do meu problema a ele. E só para terem uma idéia de quando iniciou de fato essa ajuda, foi em Maio de 2005. Caramba! Passa um filme agora na minha cabeça. Lágrimas descem.
Eu sou mais que uma testemunha, sou alguém que pode atestar que a Terapia Online, realizada por alguém competente, vai tirar muitos do inferno mental que passam. Pessoas com dificuldade de locomoção, por vezes morando num local sem consultórios. Dai, vou pegar aqui, essa bandeira: Descriminem a TOL!
Nós não fizemos uma TOL de fato e de direito. Primeiro, porque não rolou nenhuma transação comercial; não houve pagamentos. Segundo, porque foi sim uma troca de intimidades, de particularidades entre dois amigos. Nos tornamos grandes amigos! Mesmo assim, irei omitir o nome dele aqui porque pode aparecer um espírito-de-porco e prejudicá-lo. O importante é que ele sabe que é dele que falo aqui. Ele me ajudou a não me machucar mais com os espinhos.
Saudades das nossas conversas, cara! E sou eternamente grata pelo BEM que fizeste a mim! Te adoro!
Puxa…
Agora rolaram lágrimas, mas dos meus olhos…
Não mereço tanto, não fiz nada de excepcional. Não fiz nada que você não pudesse compartilhar comigo. Não foi meu, mas SEU.
Beijo com carinho…
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Alguém lá em cima deveria gostar de mim, por fazer nossos caminhos se cruzarem 🙂
Foi muito bom te conhecer!
Beijão,
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Muito bonito, Lella. Você é uma pessoas extremamente forte e corajosa.
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Ou, uma teimosa que ainda quer continuar nessa vida 🙂 Não sairei fácil dela, não!
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Lella, muito lindas suas palavras porque saem de você a verdade que deu origem a elas – a amizade. Não tenho muita intimidade, mas está sendo muito bom conhecer mais de você neste cantinho seu.
Já, antes de aqui estar, intuitivamente(acho que isso é importante), senti em você uma mulher interessante e muito boa gente.
Beijos, e felicidade, e que cresçam mais amizades para você.
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Oi Tita!
Grata! E como está nos planos, ir conhecer um outro amigo, te aviso antes. Assim, aproveito para lhe conhecer também 🙂 tomaremos uma cerva geladérrima à beira-mar.
Beijão,
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E aqui está a minha resposta para o post anterior que li. rsrs
Terapia, seja ela convencional ou não, é sempre eficaz e revigorante. Cabe-nos eleger os canais e as formas mais apropriadas. O cinema, para ficar em um tópico que nos une, é uma delas.
Bjs
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Pois é! Com ele, a terapia foi por email e msn. Começava braba, depois caia num choro, e terminava rindo com ele.
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Oi Lella,
que afortunada hein! Tem amigos valiosos! Joias de pessoas.
Isso é porque, você também é preciosa. Valoriza o bem que lhe fazem por pouco que seja. Para você, é sempre muito. A gratidão é sua companheira.
Bem haja ao Tricks.
Grande beijo, querida.
Rute
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Rute, mesmo dos “não amigos” eu procuro pesar o que fizeram de bom. E faço desde criança.
O Tricks tal como o Rubens também foi um divisor de água.
Beijos,
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Quando busquei por uma foto para ilustrar esse texto, não achei nenhuma que colocava os espinhos em evidência. Daí resolvi testar uma colagem pelo PowerPoint, e nasceu essa 🙂 Foi a minha primeira fotomontagem!
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Às vezes, muitas na verdade, silenciar é uma forma de ser grato. Sou, silenciosamente, grato pelo inspiração que és pra mim.
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Mariel, és também alguém especial para mim!
🙂
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Ebbaaaaaaaa
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Interessante, quando começamos e olha que foi a pouco tempo a nos comunicarmos pela rede, burraldo como sou ficava na dúvida, mas será mesmo que Valéria é cadeirante ou ela ajuda os cadeirantes. Não sei navegar muito, fazer aquilo que chamam de (fuxicar sobre as pessoas).
Bem sua história é algo que merece mesmo ser partilhada e digo mais, pelo tempo de rede que tenho em comunidades que não foram poucas, das que me lembro vamos lá, 1° grau, Gazzag, Orkut, Netlog, MSN Grupos, Sonico, Fotologterra, Facebook, Forumnow, Googleblog, Blogspot, Blogger, Scribd, Yuotube, Flickr, Yahoo Grupos, e mais uns 10 que não me lembro nem mais seus nomes, fico pensando… gente como devemos esbarrar com pessoas que até participavam desses espaços só que não haviam ainda uma conectividade entre elas, rssss.
Muita do pouco que sei foram estes amigos e amigas que foram me dando dica, de como por imagens em textos, onde havia e o que era um drive virtual, local para guardar músicas, livros, documentos, enfim, o que pretendo Valéria é dizer que a rede é algo de bom, há nelas pessoas boas que ajudam se importam, que trocam entre si este conviver e muitas vezes isso acaba indo para o real saindo do virtual.
Já participei não de muitos mas de alguns encontros que antes eram virtuais e depois tornaram-se reais onde acabamos até por tornarmos amigos mesmo. Minha experiencia foi com um casal de Tatuapé, São Paulo, Marilene e Honório meus grandes e eternos amigos de coração. Nos conhecemos em rede mais precisamente no MSNGUPOS onde debatíamos sobre o Ifá e sobre a cultura africana em geral. A amizade e o carinho chegou a tamanho que ambos pegaram uma avião de São Paulo para conhecer eu e minha esposa e por surpresa um lindo presente, dois quadros de óleo sobre tela feitos por Marilene.
Deus levou minha grande amiga mas deixou-nos não só um amigo, deixou-nos uma família inteira onde sempre quando vamos a São Paulo não deixamos de nos ver e de trocarmos esse amor incondicional.
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Kambami, fiz uns Orkontros, inclusive o primeiro eu fui até Sampa:
No Rio cheguei a organizar mais…
Vamos tentar marcar um com a galera da blogosfera carioca 🙂
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