Sou das que acreditam que se deve tentar de tudo para se preservar uma árvore ainda mais dentro das cidades. Mas parece que cada vez mais há os que seguem o “se há uma ferida no braço, corte-o fora“. Por assim seguirem pela solução mais fácil: o de abatê-la por um todo. Ou mesmo o de mutilar para sempre sem o menor critério, e que poderá deixá-la sem sustentação, voltando ao ciclo de “cortem o mal pela raiz“.
Me bateu um misto de tristeza e raiva ao ver uma moto serra abatendo uma árvore centenária em uma praça em Friburgo, região serrana do Rio de Janeiro. Pelo tronco… muito da história local ela presenciou. Ok! Estou sendo sentimental. E sou mesmo quando se trata de preservar a natureza que ainda existe nos centros urbanos. Ou seria melhor dizer: a natureza que resiste à “natureza” de certos humanos… Soluções sempre há! Colocar redes de proteção no entorno. Estruturas metálicas ou de concretos quer seja para evitar o tombamento delas até pela ação da gravidade, quer seja para escorá-la. Onde as colunas de concreto depois podem receber mudas de Heras até como efeito paisagístico. Mesmo as metálicas também terão um efeito artístico. São só exemplos!
Por mais que planejem colocar outras árvores no local, não se terá mais uma das característica fisiológica dessa centenária: a altura. Pois esses replantes com novas árvores – e agora me referindo a outras situações também – estão fazendo cada vez mais “florestas nanicas”. Sem demérito as pessoas de baixa estatura, ok? Me refiro exclusivamente as árvores. As novas espécies estão perdendo o genoma das antigas. O que torna mais essencial preservar as árvores centenárias. Como também tentar preservar o máximo as áreas verdes urbanas do bicho homem que prefere ter uma cidade cimentada.